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HISTÓRIA DA OBPC

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A Igreja

Com a Iniciativa do Missionário Manoel de Mello e Silva, a partir da revelação que Deus lhe concedera, desencadeiou-se um movimento nacional de evangelização que é hoje a Igreja O Brasil Para Cristo, que se encontra hoje entre as maiores denominações pentecostais do Brasil. Oriundo das Assembléias de Deus e consagrado como ministro do evangelho pela igreja Quadrangular, que ele ajudou a fundar, o Missionário Manoel de Mello teve a partir da década de 50 o seu ministério acentuadamente ativo e reconhecido no Brasil e no exterior. Dotado pelo Espírito Santo de um carisma inigualável, de uma autoridade espiritual identificada ate mesmo pelos seus opositores, com intrepidez e graça reunia e falava as multidões sob um poder divino extraordinário para realizar milagre e prodígios; o Missionário tornou-se logo um ícone, uma referência, o que e o fez amado, seguido e igualmente perseguido de todos as formas e odiando. A partir de janeiro de 1956, auxiliado pelo Pr. Alfredo Rachid Góes, ele dirigiu o programa veiculado pela radio Piratininga de São Paulo, que viria a se denominar A voz do Brasil para Cristo. Logo depois, o programa passaria a radio Tupi de São Paulo, sempre com grandes índices de audiência. No dia 03 de marco de 1956, realizou-se num salão alugado, no bairro de Pirituba, em São Paulo, o primeiro culto da denominação, então chamado Movimento do Caminho – Igreja de Jesus Betel. Ainda no primeiro semestre daquele ano, seria levantada uma tenda em Vila Carrão, em São Paulo, como o Pr. Arthur de Mello, seu irmão – seguindo-se esta muitas outras. A ira dos opositores, contudo, resultava que fossem criminosamente incendiadas essas tendas, ate que a Obra instalou sua sede no bairro do Belém, em São Paulo, em um tabernáculo de madeira, que viria a ser no futuro também demolido, pela cúpula católica da capital. A noticia do que Deus estava realizando em São Paulo espalhou-se rápido pelo país e logo Deus foi unindo lideres com a mesma visão, com a mesma paixão pelas almas e amor por Jesus e pela palavra ao jovem missionário de Deus. Esses homens - lideres em seus Estados, de denominações independentes, uniram-se a igreja em São Paulo, formando uma nova denominação: a Igreja Evangélica Pentecostal, que tinha como slogan, como lema: O Brasil para Cristo. Em 24 de agosto de 1974, esse slogan para evangelização foi incorporado ao nome, que finalmente ficou como é hoje. No Estado do Rio Grande do Sul, a igreja nasceria da fusão do movimento iniciado pelo missionário em São Paulo com a Igreja Evangélica Pentecostal Brasileira, fundada em março de 1953 pelo Rerº Olavo Nunes, outro grande expoente da nossa historia. O Revº Olavo Nunes veio a ser o segundo presidente nacional da obra, e tornou-se o grande amigo e conselheiro do missionário e o maior apóstolo da denominação. Esse fato ocorrido no Rio Grande do Sul se repetiria em outras partes do país; no Piauí, o Pr. Jose Ramos; na Bahia, com o Pr. Ador Peterson; no Pernambuco, como Pr.Ademar Souza Mello, Josué do Vale e Jose Ferreira de Moura; no Rio Grande do Norte, com o Pr. Boanerges GALVÃO de Figueredo, dentre outros. A essa altura, Deus já levantava homens em todo o território nacional, com a mesma visão e com os mesmos ideais. Em 1960, foi alugado um galpão, no numero 1547 da Rua tuiuti, no bairro Tatuapé, onde a Igreja permaneceu sediada por muitos anos, enquanto grandes concentrações eram também realizadas na área onde se iniciavam as obras para a construção do que seria a futura sede em um terreno de 22.000 m2 adquirido de uma família francesa, relutantes em vender o local. Ela o utilizava para o comercio de curtume. Tal feito seria mais uma prova inconteste da capacidade mobilizadora de nossos irmãos pioneiros, como mais um testemunho da cooperação de Deus. O Grande Templo O Brasil Para Cristo, cuja festa de inauguração perdurou todo o mês de julho de 1979, no seu espaço principal pode confortavelmente acomodar dez mil pessoas, e não raras vezes se faz pequeno para as multidões que nele adentram. Vale ressaltar que, quando de sua inauguração, era o maior templo evangélico do mundo. No decorrer de tudo isso, grandes concentrações eram realizadas por todos os cantos do País. São também memoráveis as “marchas por Jesus” realizadas pela UNAME – União Nacional da Mocidade Evangélica, idealizadas pelo Pr. Orlando Silva e apoiadas pelo Missionário Manoel de Mello, na década de 60, período mais agudo do regime militar, reunindo imensas multidões. Na capital paulista foram realizados cultos no Teatro de Alumínio, no estádio de futebol de o Pacaembu, no Cine Piratininga, no Cine Universo, e nas praças publicas, como Praça da Sé, e também no Vale do Anhangabaú, permitindo que as massas humanas ouvissem a mensagem salvadora. Na Paraíba, Deus levantou o então jovem pregador Rer º Orlando Silva, enviado pelo Missionário Manoel de Mello, como um instrumento responsável por uma grande onda de avivamento naquela região. No Rio de Janeiro, os pastores Gildo de Araújo e Luis Palhares lideraram com dezenas de pastores o grande movimento que sacudiu o Estado. No Paraná, o Pr. Jair Ditrisch e outros servos de Deus impactaram o Estado. Em São Paulo, capital e interior, dezenas se ergueram cujos nomes e a historia que escreveram necessitariam de capítulos inteiros apenas dedicados a isso, e assim foi também em todo o país. O Brasil estava em chamas! Nada se fez, porem, sem que existissem barreiras a serem superadas e sem que houvesse perseguições a padecer. Isso se não bastasse a atitude discriminatória de outras denominações, do clero romano e das autoridades civis contra o próprio missionário; foi assim que o Missionário Manuel de Mello esteve preso 27 vezes acusado principalmente de curandeirismo e charlatanismo, sem que em nada fosse condenado. E não somente ele, mas dezenas de pastores da denominação em todo o Brasil também experimentaram prisões e perseguições. A Obra expandia-se rapidamente e o avivamento propagava-se, levando-a realização de marchas e concentrações por todos os lugares, inspirando muitos outros lideres a seguir este exemplo. A estratégia era levar a igreja para fora dos templos e mantê-la lá o maior tempo possível, pois era onde estavam as almas carentes do evangelho. Elegemos nossos representantes políticos para a Câmara Federal e para as Assembléias Legislativas. Dominamos a mídia radiofônica e fomos pioneiros na televisão. Nosso testemunho alcançou o mundo inteiro e grandes personalidades, inclusive da política internacional ouviram as boas novas de salvação. O Missionário pregou em dezenas de países e em vários deles se abriu a Obra, sempre se levando em consideração o nome do país na denominação da igreja – Argentina para Cristo, Paraguai para Cristo, etc. Os meios de comunicação internacionais noticiavam o grande avivamento do Brasil; as redes televisivas inglesa, americana, sueca e alemã; os jornais “The New York Times” e “Lê Monde” e a mídia brasileira em geral. A revista “Veja” estampou em sua capa pela primeira vez um ministro evangélico: Missionário Manoel de Mello! A partir daí, de 1982 a 1990, fatos significativos se sucederam na história da Obra. Em 1981, após regressar de uma viagem a Israel, o Missionário Manoel de Mello realizou uma série de concentrações no Grande Templo, em São Paulo. Em 40 dias consecutivos, dezenas de milhares de pessoas foram abençoadas e os milagres aconteceram em profusão extraordinária. No dia 12 de outubro de 1982, a igreja superlotou o estádio do Pacaembu, mesmo debaixo de chuva torrencial, para o culto do protesto contra a idolatria nacional. Em 03 de maio de 1990, dois anos após ter retornado suas atividades como evangelizador Incansável e determinado, pregando em grandes cruzadas em todo o Brasil, o Missionário Manoel de Mello foi acometido de um mal súbito quando a caminho dos estúdios de uma emissora de TV em São Paulo, para gravar programa que estaria em cadeia nacional em poucos dias, vindo a falecer dois dias depois, em 5 de maio de 1990. Sucederam ao Missionário Manoel de Mello na presidência do Conselho, que dirige a denominação o Revº Olavo Nunes (gestão de 1976 a 1981); o Revº Ivan Nunes (gestão de 1981 a1989); Revº Orlando Silva (gestão de 1989 a 1999), e o Revº Roberto de Lucena, que preside a Obra desde 02/11/99, eleito quando tinha apenas 33 anos de idade. A igreja está organizada em convenções estaduais e regionais, em numero de 20. Envia missionários ao exterior e os mantém através da Missão Desafio. Conta com escolas, salas de alfabetização, institutos bíblicos, clinicas medias, trabalhos de assistência social, centros de recuperação de viciados e uma infindável malha de Obras, que traduzem de forma concreta e verdadeira a fé em Jesus Cristo. Prosseguem as grandes cruzadas, as campanhas evangelísticas e os movimentos de fé. A cada semana novos templos são inaugurados em todo Brasil. A cada mês milhares de novos membros são agregados a igreja. No dia 13 de abril de 2001, cerca de 15000 delegados de todo o país reuniram-se no grande Templo, em São Paulo, na sexta-feira da Paixão, para celebrar com o Pr. Lucena a Santa Ceia do Senhor e os 45 anos da fundação da Obra. Lá estavam, lado a lado, os pioneiros e os jovens obreiros – a experiência e a força. A visão e a disposição. Todos querendo a mesma coisa. Todos querendo ganhar O Brasil Para Cristo.

 No Paraná

a Igreja nasceu na cidade de Centenário do Sul, norte do Estado, da união da Igreja Evangélica Pentecostal da Sociedade Missionária Peniel, cuja sede era em Londres (Inglaterra). A Igreja Peniel era presidida pelo Missionário Henrique Jeffery, que no final do ano de 1959 necessitou retornar a Inglaterra, informando aos irmãos que a igreja estaria encerrando suas atividades naquela localidade, e aconselhou aos membros da Igreja a unirem-se a outra denominação, pois ele não mais voltaria ao Brasil. De acordo com a orientação do Missionário Henrique Jeffery, os irmãos passaram a pesquisar uma denominação que melhor se adequasse aos padrões da Igreja. Nesta época o movimento de evangelização, iniciado em 1956 pelo Missionário Manoel de Mello, estava no seu auge, do norte ao sul do país se ouvia falar das grandes concentrações e dos milagres que aconteciam chamando atenção de milhares de pessoas. Foi então que, impactados pelo grande avivamento, marca registrada do movimento, os membros da então Igreja Peniel procuraram a liderança de O Brasil para Cristo – em São Paulo, para se unir a esta nova denominação que surgia no Brasil. Foi assim que no dia 19 de junho de 1960, em uma assembléia geral da Igreja oficializou-se a união da Igreja Peniel com a Igreja “O Brasil para Cristo”, nascendo assim nesta data a primeira igreja da denominação no Paraná, cujo 1º presidente foi o Pr. José Medeiros. Fazia parte desta Primeira Igreja de “O Brasil para Cristo,”nomes conhecidos de nossa obra como: a família dos saudosos Pastores Pedro Cortez e José Jorge entre outras. A Igreja histórica de Centenário do Sul continua com o seu trabalho e se expandiu por diversas cidades da região. Hoje graças ao esforço e a dedicação destes pioneiros a Igreja está presente em dezenas de municípios, do pequeno grupo de irmãos agora são milhares de membros no Paraná que continuam com o mesmo objetivo – ganhar “O Brasil para Cristo”.

“O GRANDE TEMPLO" – SEDE NACIONAL

Devido ao poder com que o Missionário Manoel de Mello era usado nas mãos de Deus durante suas mensagens, ele tornou-se rapidamente um pregador de multidões, sendo que, segundo relatam alguns pastores, "todos os lugares eram pequenos para acomodar o povo que acorria a ele para ouvir a Palavra de Deus". O Missionário começou a pregar debaixo de uma lona de circo, em 1956, logo no início da obra, a qual, por sinal, foi incendiada por seus opositores. Em 1958, passou a pregar em um tabernáculo de madeira, e em 1960, em um grande depósito na rua Tuiuti, em São Paulo. Com isso, analisando toda esta dificuldade quanto a espaço, e também por inspiração de Deus, Manoel de Mello deu início àquele que seria, em sua época de conclusão (01/07/1979), considerado o maior templo evangélico do mundo. Iniciou-se o projeto e construção da gigantesca obra do Templo da Pompéia, em São Paulo. No início, desde a compra do terreno, até o final da construção, várias dificuldades muitas vezes pareciam por fim ao grande projeto, mas pela fé do homem de Deus, as barreiras eram vencidas, e a obra avançava mais e mais, até o dia de sua inauguração, que aconteceu em 01/07/79 se estendendo durante todo mês, com grandes concentrações, caravanas de todo Brasil e visitantes do exterior que vinham não só para conhecer o Grande Templo com toda sua estrutura, mas também ouvir as poderosas preleções do Missionário Manoel de Mello, Reverendo Olavo Nunes e outros, foi uma grande festa, que, contou até com a divulgação feita pela secretaria de turismo de São Paulo. Hoje o Grande Templo da Pompéia é pastoreado pelo filho do Missionário Pr. Paulo Lutero de Mello. Desde a sua inauguração além das atividades como igreja local, o Grande Templo é a sede Nacional de OBPC, abrigando em suas dependências os escritórios do Conselho Nacional órgão máximo da obra. Abaixo transcrevemos o discurso proferido pelo Missionário no lançamento da pedra fundamental para a construção do templo da Pompéia em São Paulo no dia 13 de maio de 1962. "Há muitos anos atrás, tornei-me um estudioso da situação religiosa não apenas no Brasil, mas em todo o globo terrestre. Pude descobrir que as forças religiosas evangélicas, formavam o maior conjunto de poder e fé de toda a cristandade universal. Comecei a meditar sobre as realizações deste mundo evangélico e as achava insignificantes em confronto com a grandeza que nós representávamos. Imediatamente procurei descobrir as razões do pauperismo evangélico e concluí desde logo que as principais eram: falta de visão espiritual dos líderes, falta de união espiritual e, acima de tudo, falta de amor pelas almas. Os inimigos comuns, por outro lado, cresciam assustadoramente. Desviei meus olhos da situação mundial e concentrei-os em nossa querida pátria, pensando como resolver o seu problema religioso. Após muito estudo da Palavra de Deus, consagração e meditação, senti pelo Espírito Santo que deveria lançar no Brasil um movimento de união espiritual, não de legendas denominacionais, mas de fé e ideal, formando juntos uma força irresistível capaz de ganhar o Brasil para Cristo Tudo isso começou nos idos de 1955 e desta data em diante jamais parou. A princípio tudo parecia impossível. Verdadeiras forças contrárias se organizaram. Fomos combatidos pela Imprensa, Rádio e Televisão. Templos, tendas e tabernáculos foram depredados, queimados e destruídos. Obreiros foram presos e processados. Programas de rádio foram cortados. Mas, enquanto ardia o fogo da perseguição, Deus começou a derramar a chuva serôdia e temporã da Sua Graça e um verdadeiro exército de filhos de Deus, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, começou a se levantar. Grandes concentrações públicas de milhares de pessoas, realizavam-se em todos os recantos do país, fato este nunca visto até então, mesmo nos grandes comícios políticos. Igrejas, tabernáculos, tendas de lona, salões, auditórios, enfim, tudo se tornou insuficiente para conter a massa humana sequiosa de receber a Graça de Deus. Surgiu a grande necessidade de construir nessa nação, o maior templo evangélico do mundo, para abrigar milhares de pessoas, para dali partir a força conquistadora e libertadora, buscando as almas escravizadas pelo poder de Satanás. Os recursos para construí-lo? Surgiram problemas para a compra do terreno em local acessível; fundos necessários para a construção e uma infinidade de providências a serem tomadas. Os inimigos de Deus procuraram espalhar o descrédito e a dúvida; mas aquele mesmo exército de fiéis e abnegados que Deus levantou, abriu as mãos, comprou o terreno e hoje parte deste povo comparece neste local para o lançamento da pedra fundamental; não apenas do templo, mas de um grande conjunto de obras sociais e educacionais objetivando a glória de Deus, a grandeza da Pátria Brasileira e o benefício do povo de um modo geral. Finalizo esta singela mensagem que sai do profundo das entranhas de minha alma, enviando a todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, sábios e simples, pastores e ovelhas, governantes e governados, brasileiros e estrangeiros, e todos enfim, que continuam de mãos estendidas para esta obra, os meus sinceros agradecimentos, no nome da Trindade Augusta e em meu nome pessoal, implorando a Deus as mais ricas bênçãos sobre a sua vida, seu lar e sobre a nossa Pátria". Peter Wagner, famoso pregador e escritor, após visitar o Grande Templo, escreveu em seu livro “Porque crescem os Pentecostais”: “Quando os incrédulos adentram as portas do Grande Templo, em São Paulo, sabem que estão em meio a algo muito extraordinário. Literalmente, milhares de pessoas que se reúnem todas as semanas na mesma hora e no mesmo lugar, não é para um jogo de futebol, uma tourada, ou uma demonstração política, mas para adorar a Deus, constituem um espetáculo atraente. É, num sentido bem real, uma ferramenta eficaz para a evangelização,...pois o tamanho descomunal ajuda a gerar poder para aumentar ainda mais esse tamanho.”

O Fundador “Missionário Manoel de Mello”

 

Manoel de Mello crescia e interessava-se pelas coisas de Deus. Aos 9 anos de idade foi batizado com o Espírito Santo, e já sabia de cor mais de uma centena de hinos, além de recitar vários Salmos e diversas passagens da Palavra de Deus. Depois dos 11 anos, pregava para auditórios de 100 pessoas, que eram sacudidas pelo poder de Deus que fluía de sua mensagem, o que veio a provocar certo ciúmes a pregadores mais idosos da igreja. Como pregador, suas mensagens voltavam-se de forma especial para o poder da fé e os milagres operados por Jesus e pelos Apóstolos. Aos 14 anos de idade, Mello interessou-se em sua vida secular, pelo ofício da Construção Civil, havendo se especializado nesta área. Aos 18 anos de idade, Manoel de Mello viajou para a cidade de São Paulo, onde de início já passou por algumas dificuldades. Porém, fez amizades lá, e vencendo as barreiras, agregou-se na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, onde foi consagrado Diácono. De dia trabalhava como Mestre de Obras, e à noite, pregava nos templos daquela denominação. Mas, Deus tinha planos para a vida daquele homem que ele sequer imaginava! Com o decorrer do tempo, o Diácono Manoel de Mello, foi sendo aquecido pelo Espírito Santo em sua fé. Com 22 anos, em 1951, casou-se com Ruth Lopes, e dessa união nasceram Boaz Alberto e Paulo Lutero. Em 1952, Manoel de Mello foi surpreendido por uma enfermidade mortal (paralisia intestinal), que em menos de uma semana fez com que seus parentes a amigos o considerassem como morto. Mas ele foi ungido com óleo, conforme a ordenança bíblica de Tiago 5.14-15 Em 1929, no lugarejo de Amoroso, município de Água Preta, aproximadamente 150 Km da capital de Pernambuco, uma numerosa família dedicava-se à agricultura, residindo em uma casa com espaçosas dependências, varandas e ao lado curral e estrebaria, defronte a um pasto verdejante. O pai era João de Mello Silva, brasileiro, descendente de brasileiros; casado com Doralina Soares da Silva, brasileira de descendência holandesa. Em meio a esta família, a 20 de Agosto de 1929, nasceu uma criança a quem foi dado o nome de Manoel de Mello e Silva, comumente chamado pelo apelido de "Neco". Manoel de Mello teve em sua infância um desenvolvimento normal e próximo aos 4 anos de idade, "Seu João", católico nominal, pensou em batizá-lo, arrumando até o padrinho para o evento. Porém, sua mãe, cristã convicta, instruía o menino no caminho de Deus. No dia marcado pelo seu pai para o encontro com seu "padrinho", ocorreu uma surpresa a todos que estavam na imensa sala da família Mello. Quando seu padrinho perguntou a Manoel se ele estava feliz por ser batizado, ganhar um terno novo ir a Igreja à cavalo e ver a missa e o Padre, este respondeu: "O senhor meu pai sabe que eu sou quente (crente), e se me levarem para batizar eu falo pro Padre que sou quente, quente, quente, quente!!!!!.... Junto com esta declaração enfática, do menino Manoel, vieram batidas firmes de pés no chão, e um dedo apontado para o rosto do padrinho, o que criou um clima intranquilo para seu pai e o padrinho, mas de grande satisfação para sua mãe. , e após a oração da fé, foi milagrosamente curado, tendo sua saúde restabelecida por Deus. Este acontecimento fortaleceu a sua fé, e o tornou convicto da operosidade dos dons espirituais, característica marcante que acompanhou todo o seu ministério, principalmente na área de cura divina e sinais e maravilhas. Depois de ter sido curado da paralisia intestinal, Manoel viu-se impedido de continuar suas atividades seculares, e passou a dedicar-se exclusivamente à pregação do Evangelho e ao ministério. Muitos levantaram-se tentando impedi-lo de sua iniciativa, inclusive dentro da própria denominação que pertencia. Alguns por não concordarem com sua linha doutrinária de pensamento, baseada nos dons do Espírito Santo, e nos milagres operados por Jesus e os Apóstolos, e outros por ciúmes. Hoje, vários pastores nos contam, segundo a tradição oral, que muitas vezes na igreja, durante campanhas de missionários e pregadores famosos, muitos dos quais estrangeiros; no momento da oração, o povo muitas vezes clamava: "Nós queremos a oração do Diácono Manoel de Mello!". E, quando ele orava, os milagres aconteciam de forma extraordinária. Manoel de Mello também passou a ser perseguido por muitos de fora, incrédulos do poder de Deus e motivados pelo inimigo. A intensa perseguição o levou a realizar períodos de intensos jejuns e orações que entravam pelas madrugadas. Estudou a vida de famosos pregadores e analisou detalhadamente os grandes movimentos de reavivamento espiritual ocorridos no mundo e, em 1955 teve uma visão de Deus que o próprio Missionário Manoel de Mello narra: “Em 1.955 tive uma visão espiritual na qual o Senhor Jesus me apareceu e me deu ordens para começar, no Brasil, um movimento de Reavivamento Espiritual, Evangelização e Cura Divina, e o Senhor Jesus mesmo deu-me o nome: “O BRASIL PARA CRISTO”. Obedeci a ordem. Aleluia! Comecei o movimento. Companheiros e companheiras do mesmo ideal do Evangelho uniram-se a mim na grande jornada. Naquela visão Jesus me revelou que todos que cooperassem comigo na Obra que iria fazer de maneira nenhuma perderiam seu galardão, então abrimos milhares de igrejas de norte a sul do Brasil...” Sem dúvida alguma começava no Brasil o maior movimento de Evangelização e Reavivamento Espiritual de toda a América Latina, o movimento chamado de: “O BRASIL PARA CRISTO”, uma das maiores expressões da Igreja Pentecostal no Brasil. O Missionário Manoel de Mello firmou-se então como autêntico líder do Pentecostalismo no Brasil, chegando a reunir em suas campanhas até 200.000 pessoas em algumas reuniões, fato que lhe custou alto preço - Foi preso 27 vezes, acusado de curandeirismo pelas curas que aconteciam em seus cultos, por causa do seu ponto de vista não conformista e especialmente por seus pronunciamentos proféticos. O Ministro Evangélico Manoel de Mello foi um líder popular de grande penetração entre as massas, promoveu grandes concentrações evangelísticas em todos os estados do Brasil, principalmente em São Paulo. Chegou até mesmo a lotar o Estádio do Pacaembu, numa gigantesca concentração. Em abril de 1.976, na Sexta-Feira da Paixão, reuniu cerca de 30.000 pessoas nas dependências do Grande Templo. Porém, Manoel de Mello, não se deteve só no Brasil, mas viajou para todos os continentes realizando conferências em 133 países, em igrejas, universidades, simpósios e convenções. Pregou para reis, rainha da Inglaterra, duas vezes para o presidente dos Estados Unidos dentro de sua própria sala, primeiro ministro da Alemanha, entre outros. Foi entrevistado pela cadeia de televisão CBS americana, BBC londrina, além de vários outros veículos de comunicação internacionais, como a televisão sueca, a alemã, os jornais “New York Times” e o “Le Monde”. Aqui no Brasil, vários órgãos da imprensa deram cobertura às suas atividades evangelísticas. Por estas mesmas atividades recebeu o prêmio de religião como o pregador que mais se destacou no ano de 1.972, concedido pela Fundação Edward Browning e representado pelo troféu Browning. Em 1.978 recebeu o título de: “O Bandeirante do Brasil Presente”, concedido pelo INEC (Instituto Nacional de Expansão Cultural). Em 07 de outubro de 1.981 foi entrevistado pela revista Veja, cujo assunto foi: “ Pentecostais - O Milagre da Multiplicação” (Capa da Revista). Era um homem avançado para o seu tempo. Manoel de Mello sempre foi um homem voltado para a elevação do espírito, para o bem-estar do homem e principalmente a salvação que o Senhor Jesus Cristo pode proporcionar a todos quantos se entregarem a Ele. Manoel de Mello e Silva, um nome que sempre ficará gravado nos anais da história e nos corações do povo evangélico do Brasil e até mesmo do mundo, um homem que fez muito pela causa de Cristo aqui na terra mas, no dia 05 de maio de 1.990 o Senhor o recolheu. Que possamos ter em nossos corações e em nossas mentes, o desejo e a determinação que este grande servo do Senhor tinha ao gritar nas praças de São Paulo e de todo Brasil “VAMOS GANHAR O BRASIL PARA CRISTO” Opiniões de alguns líderes quanto à sua perda • “Tenho-o como meu pai na fé, considero-o como um dos maiores pregadores do Brasil. Tenho o seu passar como uma perda inestimável para o povo evangélico do País”. - Pr. Luís Fernandes Bergamin, Presidente da CIEESP. • “O Evangelismo Mundial perdeu um grande líder. Foi pioneiro no rádio, pregador de praças públicas, ginásios de esportes, tendas, cinemas, teatros e ergueu o maior templo evangélico do mundo”. - Pr. Alfredo Rachid Góes, ex Secretário da Convenção Nacional • “Manifesto minha solidariedade aos familiares do Missionário Manoel de Mello extensiva, também, a toda a comunidade da Igreja O Brasil para Cristo, lamentamos a grande perda para os evangélicos brasileiros, com a passagem deste que foi um dos mais autênticos lideres. “A memória do justo é eterna”. Por certo permanecerá indelível nos corações brasileiros a memória do nosso querido irmão Manoel de Mello, valente soldado de Cristo. Podemos afirmar que no Brasil há duas etapas no processo evangelístico: Antes, e depois de Manoel de Mello”. - Pr. Daniel Marins, líder da Igreja do Evangelho Quadrangular de São Paulo. • “Vejo em Manoel de Mello um realizador de grande visão. Agradeço a Deus por essa vida tão preciosa e sei que este nome permanecerá nos anais da história do povo de Deus no Brasil e também no mundo. A minha admiração por este homem de Deus”. - Pr. Luiz de Carvalho, cantor sacro. • “Trabalhei 32 anos ao lado do Missionário Manoel de Mello, sempre o respeitei como um homem de Deus. Seu trabalho evangelístico foi tão grande, difícil de ser descrito em palavras”. - Pr. Orlando Silva, Presidente do Conselho Nacional das Igrejas Evangélicas Pentecostais “O Brasil para Cristo”. • “Reconheço em Manoel de Mello um dos grandes lideres evangélicos do Brasil e, creio que o seu passar constitui-se em uma grande perda para o evangelismo nacional”. - Pr. José Wellington Bezerra da Costa, Presidente das Assembléia de Deus no Brasil. • “Não exaremos em afirmar que, em toda a América do Sul, nunca surgiu um pregador que arrebanhasse tão grande multidões para ouvirem o Evangelho e cujas multidões tenham revelado tanto interesse pelas coisas de Deus, como as que são arrebanhadas por este servo de Deus ... milhares e milhares afluem às suas prédicas, porque nele estão vendo a realização, a concretização daquele poder do Evangelho de que nos falaram Cristo e seus Santos apóstolos”. - Pr. José Buarque Lira, pastor Presbiteriano, escritor, jornalista e professor, em sua obra “ORIENTAÇÃO EVANGÉLICA”, março de 1.960.

 Nisto Cremos

I - Cremos em Deus, que é único e um só, plena e eternamente subsistente em cada uma das três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, com perfeita comunhão entre si (Jo15:26). II - Cremos na inspiração verbal e plena da Bíblia Sagrada, e que a revelação necessária para o homem é expressamente nela estabelecida ou pode dela ser deduzida, o que a faz única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter do cristão, nada podendo qualquer um acrescentar, reformar ou omitir-lhe sob qualquer alegação (Ap 22:18-20) III - Cremos que Maria, ainda virgem, achou-se grávida por obra e graça do Espírito Santo e que após o nascimento de Jesus teve outros filhos, sem que, por este ou qualquer outro motivo, lhe devotemos adoração (Mt 13:54-56; Mc 6:3; Jo 2:3-5; Lc 1:46-48). IV – Cremos que o Filho, achado na forma de homem, manteve-se sem pecado algum, dispondo-se à morte substitutiva e remidora, ressuscitando corporalmente dentre os mortos e subindo triunfante aos céus (Hb4:15; I Co 15:3-4). V - Cremos que o homem, havendo caído em pecado, foi destituído da glória de Deus, e que todos foram sujeitos à mesma condenação, para que unicamente por Jesus Cristo, desde de que em arrependimento e fé geradora de obras, fossem restaurados a Deus. E que, para tanto, necessitam os homens do novo nascimento, o que ocorre segundo o poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Que o homem, nascido de novo, já tem seus pecados perdoados para não viver mais segundo o poder do pecado, mas segundo a salvação presente e eterna justificação provida graciosamente por Deus segundo a fé no sacrifício de Jesus Cristo em seu favor (Rm3:23; At 3:19; 2:38; Jo 3:5-7; Rm 5:1,2; Tt 3:4-7) VI - Cremos no batismo como ordenança bíblica, determinada por Jesus Cristo, e que deve ser realizado por imersão do corpo inteiro uma só vez, no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a todo aquele que crê (Mc 16:16; Mt 28:19; Rm 6:3,4). VII - Cremos que o homem deve e pode viver uma vida de santidade, agradecendo e agradando a Deus, capacitado pelo Espírito Santo inclusive a ser fiel testemunha de Jesus Cristo, participando da comunhão, do partir do pão e da comunhão entre os salvos (II Pe 3:13,14; At 2:42,43) VIII - Cremos que a Igreja é única e santa, formada pela multidão incontável dos salvos de todos os tempos e lugares, formando o Corpo de Cristo, sendo edificada pelo Espírito Santo mediante os homens que ministram segundo ministérios, operações e dons espirituais, bem como pela instrumentalidade da Bíblia Sagrada, no fundamento dos apóstolos (I Co3:11; 4:1,2; 12:4-6; 12:26,27; Ef 4:4-7). IX - Cremos no batismo com o Espírito Santo, como ensina a Bíblia Sagrada, tendo como uma das evidências o falar em outras línguas conforme a Sua vontade. Cremos que também são concedidos à Igreja dons espirituais pelo Espírito Santo, conforme Sua vontade, sempre com propósito muito bem definido e que convergem à edificação da Igreja e à glorificação de Deus (I Co 14:1-3; 14:12-14; 14:26-33). X - Cremos na vinda de Cristo, em duas fases distintas: primeiramente de forma invisível ao mundo e súbita para a Igreja, arrebatando-a ao Tribunal de Cristo e, em seguida, levando-a às Bodas do Cordeiro; e, passado algum tempo, de forma visível ao mundo e gloriosa com a Igreja, para reinar por mil anos sobre a Terra (II Ts 2:1-8; Ap 20:3-6). XI - Cremos que todos os salvos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, unicamente para receber ou não, a justa recompensa de obras em favor da causa cristã, sem que nisto haja possibilidade da condenação eterna (Rm14:10; II Co 5:10). XII - Cremos no juízo final em que Deus, definitivamente, justificará os fiéis e condenará os infiéis à eternidade, resultando aos fiéis a vida de gozo junto a Ele, e aos infiéis o tormento no lago de fogo e enxofre preparado para satanás e seus anjos ( Ap 20:11-15)